Trabalhar com projetos hoje é fundamental para a realidade em que vivemos. Não podemos realizar um trabalho de qualidade e que atenda a nossa realidade sem a Pedagogia de Projetos.
A entrevista da Professora Maria Elizabeth Bianconcini é muito interessante e só veio a confirmar que estamos no caminho certo. É preciso utilizar projetos abertos, flexíveis, inter e multidisciplinares, que atendam a realidade e contribuam na construção de conhecimentos significativos para os alunos. Além disso, é importante que o aluno seja “seduzido” pelo tema ou assunto do projeto, que o aluno sinta desejo em participar das atividades do projeto para que ele se torne significativo e faça a diferença no desenvolvimento de cada aluno.
Não podemos esquecer de que o trabalho com projetos precisa ter cuidados especiais com a questão da avaliação. É necessário lembrar a importância flexibilidade do trabalho que está sendo desenvolvido, observar, registrar, planejar, refletir e replanejar para atingir os objetivos.
Importante destacar uma frase da entrevista onde fica evidente que o professor só tem a ganhar trabalhando com projetos: “Com isso o professor tem maiores evidências sobre o desenvolvimento do aluno, suas dificuldades e descobertas, podendo intervir para favorecer maior aprendizagem, fornecer informações significativas para o trabalho em execução, questionar o aluno de modo a desestabilizar as certezas inadequadas, propor desafios etc”. No entanto é necessário que o professor perceba isso e realize seu trabalho com dedicação e vontade. De acordo com Antônio Nóvoa ao planejar um projeto o professor deve levar em conta suas crenças, seus valores, suas concepções de ensino, interferindo em sua prática de sala de aula.
A resposta à questão, Porque é que fazemos o que fazemos na sala de aula?, obriga a evocar essa mistura de vontades, de gostos, de experiências, de acasos até, que foram consolidando gestos, rotinas, comportamentos com os quais nos identificamos como professores. Cada um tem o seu modo próprio de organizar as aulas, de se movimentar na sala, de se dirigir aos alunos, de utilizar os meios pedagógicos, um modo que constitui uma espécie de segunda pele profissional. [...] É impossível separar o eu profissional do eu pessoal.
NÓVOA, A. Os professores e as histórias da sua vida. In: ______. (Org). Vidas de professores. 2. ed. Porto: Porto Editora, 1995. p. 11-30.